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Avalanche (AVAX)

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Mercurius Research

Publicado 13/out4 min de leitura

Resumo

A arquitetura é moldada de forma que possibilita a construção de outras blockchains utilizando sua infraestrutura, na quais são novas blockchains de camada 1 (Layer1) capaz de alavancar um ecossistema próprio

Avalanche (AVAX)

A Avalanche surgiu em setembro de 2020 com a proposta de ser uma plataforma de alta performance para criação de aplicações financeiras e blockchains1 personalizáveis, combinando alta velocidade com custos baixos para concorrer com blockchains já “estabelecidas”, como, por exemplo, a Ethereum. Ao longo do tempo, a narrativa em torno da Avalanche mudava bastante, pois sempre acompanhava o assunto do momento, ou famoso “hype”: já foi rotulada como “ETH killer” / “Solana killer2 ”, surfou ciclos de NFTs3 , games e metaverso em 2021–2022 e, mais recentemente, vem se reposicionando como infraestrutura para tokenização de ativos do mundo real (RWA4 ) e DeFi.

A arquitetura da Avalanche é moldada de forma que possibilita a construção de outras blockchains utilizando sua infraestrutura, na quais são novas blockchains de camada 1 (Layer 1) capaz de alavancar um ecossistema próprio. Além disso, a Avalanche também criou seu próprio ecossistema, no qual é composto por três blockchains distintas: 

• X-Chain (Rede de troca) é voltada à criação e transferência de ativos nativos do ecossistema; 

• C-Chain (Rede de Contrato) roda contratos inteligentes5 com compatibilidade EVM, possibilita a criação de aplicativos e interação com DeFi; 

• P-Chain (Rede da Plataforma) coordena os validadores e o gerenciamento das outras camadas 1 construídas na Avalanche.  

Assim como a maioria das blockchains de primeira camada, a Avalanche utiliza seu token AVAX para arcar com as taxas de transação. Além disso, para lançar uma nova blockchain (L1) no ecossistema Avalanche, é necessário pagar 1 AVAX na criação e uma tarifa contínua de cerca de 1,3 AVAX/mês por validador. Esses valores, por padrão, são “queimados6 ”. Já nas L1s, as taxas de transação também são pagas em AVAX por padrão, mas podem ser configuradas para outro token e também podem ser destinadas para uma tesouraria local ao invés da queima.

Dessa forma, a Avalanche está apostando no modelo de negócios onde seu ecossistema cresce ao ponto de gerar um forte efeito rede, resultando cada vez mais em acumulo de valor para seu token nativo AVAX, seja através de aplicações e usuários ingressando e utilizando sua blockchain própria, ou na atração de desenvolvedores para construírem produtos utilizando L1s Avalanche.

A atividade dos usuários da Avalanche acelerou em 2025 devido as diversas melhorias técnicas realizadas, levando o ecossistema da Avalanche a atingir novos picos de transações diárias e nos seus usuários. Ainda assim, quando comparamos usuários e demais métricas de volume e atividade com blockchains mais novas, a Avalanche historicamente fica para trás. Portanto, mesmo sendo uma blockchain mais antiga, e com diversos progressos feitos em seu desenvolvimento, a Avalanche ainda está atrás de seus concorrentes no quesito atividade econômica. 

Por outro lado, a Avalanche vem se reposicionando como uma plataforma para construção de produtos de RWA. A alta capacidade de personalização e autonomia das blockchains L1s construídas utilizando a infraestrutura da Avalanche, tem atraído instituições que querem desenvolver produtos envolvendo RWAs. Alguns nomes de peso já estão integrados ao ecossistema: J.P. Morgan, Pantera Capital e o estado de Wyoming. Esse movimento tende a chamar atenção do mercado, principalmente por estar correlacionado a uma narrativa forte e abre potencial para introdução de produtos significativos no ecossistema da Avalanche.

A Avalanche é um ativo “velho” entre as primeiras blockchains L1s (Ethereum, Solana, Polkadot), que soube se adaptar às narrativas que estavam no hype, mas não conseguiu emplacar nenhum produto. As evoluções técnicas realizadas recentemente melhoraram consideravelmente a capacidade de performance da Avalanche e garantiu mais acessibilidade para criação de produtos personalizados em suas L1s, atraindo atenção dos institucionais. Ainda assim, do lado competitivo, a Avalanche ainda precisa ganhar mais tração perante aos seus concorrentes, ou conseguir mostrar mais relevância como sendo uma plataforma robusta para criação de novas blockchains. 

Em resumo, mesmo com diversas sinalizações envolvendo a demanda institucional na Avalanche, o mais importante está na capacidade da escala dos produtos que estão sendo desenvolvidos, nos quais tendem atrair mais demanda para o ecossistema e consequentemente impulsionar o seu token.

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