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Market Strategy | Maio 2024

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Gabriela Joubert

Publicado 02/mai

Market Strategy Maio 2024

O cenário externo foi marcado por maior incerteza em abril, conforme os investidores passaram a questionar a probabilidade do FED cortar os juros ainda este ano, uma vez que a inflação por lá continua preocupando. De fato, na última reunião, Powell sinalizou que os cortes para este ano dependerão da evolução dos dados macroeconômicos, mas também descartou a possibilidade de novo aumento nos juros, o que trouxe um certo alívio aos mercados. A temporada de balanços iniciou com certa pressão por parte de algumas das Big Techs, mas Microsoft e Google surpreenderam positivamente, reforçando a tese positiva de AI nos mercados. Na Ásia, o iene segue perdendo força ante o dólar, conforme o diferencial de juros entre ambas as economias continua em patamar elevado. As bolsas chinesas ficaram praticamente de lado, mas em Hong Kong o índice entra em bull market.

No Brasil, apesar dos dados macroeconômicos mais animadores, com inflação abaixo do esperado e elevação de perspectiva do rating do país pela Moody´s, o cenário externo pesou novamente e o mercado reprecificou a evolução da curva de juros e agora vemos SELIC terminal em 9,25% para 2024. No campo macroeconômico, a inflação de abril mantem a dinâmica benigna e a atividade mantém o ritmo robusto.

Levando em conta o cenário atual, fizemos algumas alterações na nossa alocação tática para maio. Reduzimos levemente nossa preferência por Renda Fixa indexada, agora em mesmo patamar da Renda Fixa pós-fixada, enquanto mantemos nossa visão neutra para o pré. Na Renda Variável, reduzimos a preferência por bolsa tanto no Brasil quanto no exterior, considerando o fim da temporada de balanços lá fora e os números mais mistos dos resultados das companhias locais. Quanto à indústria de fundos, ressaltamos o bom momento para os fundos de renda fixa, em especial infraestrutura, contrapondo os desempenhos dos fundos multimercados e de ações.

Na alocação internacional, seguimos recomendando parte da exposição em cash, considerando a relação risco/retorno com ganhos consideráveis sem grandes esforços. Reduzimos nossa exposição aos ativos de longo prazo, considerando a alta volatilidade e pressão que ainda devemos ver nestes títulos, mas vemos boa oportunidade nas durationsde médio prazo, que se beneficiarão dos juros mais altos, porém com menos risco de reinvestimento. No crédito corporativo, seguimos neutros com high-grade e high-yield. Já para Renda Variável, mantemos nossa preferência para bolsas desenvolvidos, ex-US, onde ainda vemos espaço para correção. Seguimos também apostando na recuperação da bolsa chinesa.

Contem com a gente!

Gabriela Joubert, Estrategista-chefe


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