Como funciona e o que é este tão falado short squeeze?
Antes de falar sobre este conceito, precisamos deixar claro o que é “operar vendido”. No mercado de ações, o investidor tem a possibilidade de “apostar” na baixa dos preços, acreditando que as ações de uma determinada empresa se desvalorizarão. Assim, abre-se uma posição vendida, apostando nesta queda. Caso o preço caia, ele deverá comprar as ações e a diferença é computada como lucro, caso suba ele compra as mesmas ações no preço de mercado e deve arcar com o prejuízo.
Vendido a R$ 10/ação >>>> preço cai para R$ 8 === R$ 2 reais de ganho.
Vendido a R$ 10/ação >>>> preço sobe para R$ 13 === R$ 3 reais de prejuízo.
No caso da GameStop, especificamente, vários investidores institucionais (grandes fundos de investimento, por exemplo) estavam vendidos nas ações da empresa. O cenário para a companhia era, ou ainda é, bem desafiador, devido à alta concentração de suas vendas em lojas físicas e a migração do mercado de games para plataformas online.
Entretanto, recentemente o conselho da empresa passou por mudanças, o que fez alguns investidores acreditarem em um futuro mais promissor. O movimento de compra foi intensificado pelas redes sociais, implicando em uma alta exacerbada, ampliando o prejuízo de quem estava vendido. E é aí que entra o Short squeeze! Pois para que as perdas não chegassem em níveis muito elevados, os “vendidos” foram obrigados a encerrar a posição, ou seja, comprar o papel. Esse movimento acaba virando uma bola de neve e o preço da ação dispara em um curto espaço de tempo.
Embora seja um efeito raro quando se tem uma magnitude muito alta, já aconteceu outras vezes. Um caso que ganhou bastante repercussão foi o short squeeze das ações da Volkswagen, em 2008.
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