Análise


Bom dia, Inter! 15/05/2024

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Matheus Amaral

Publicado 15/mai

CPI no radar e demissão de Prates da Petrobrasé destaque por aqui.

Mesmo com dados do PPI acima do esperado e fala cautelosa de Powell, bolsas no exterior encerraram em alta e o Ibovespa também acompanhou o movimento com ações mais sensíveis à juros apresentando bom desempenho com a queda da curva. Por aqui, a ata do Copom trouxe tom apaziguador com justificativas plausíveis para os votos divergentes da última decisão, mas trouxe risco de já haver pausa nos cortes em breve. Para hoje, todos os olhos estão voltados para o CPI nos EUA e por aqui, rouba a atenção do mercado a demissão de Prates da presidência da Petrobras, enquanto é divulgado o IBC-Br de março e dirigentes do BC e Campos Neto falam em conferência anual do Bacen.

*Estados Unidos*
Bolsas em Wall Street encerraram o pregão de ontem com ganhos, indo em direção contrária ao dado do PPI que veio acima do esperado e à fala cautelosa de Powell, que alegou não estar tão confiante com a queda da inflação para a meta de 2%, defendendo a manutenção dos juros por mais tempo. Mesmo assim, ações de tecnologia avançaram, a curva de juros caiu e as “meme stocks” continuaram em forte alta. A Boeing foi destaque positivo com a retomada de entregas de aviões e montadoras de veículos elétricos performaram bem após anúncio do aumento de tarifas sobre veículos elétricos da China. Mercado fica de olho no CPI americano que tem expectativas de alta de 0,4% em abril e também acompanha as vendas no varejo de abril por lá.

*Mundo*
Mercados asiáticos fecharam sem direção definida com bolsas na China em queda repercutindo o aumento de tarifas dos EUA para veículos elétricos, aço e outros produtos chineses. A bolsa de Tóquio por sua vez, ficou praticamente estável acompanhando o humor global. Na Europa, mercados fecharam em alta ontem, acompanhando declarações de dirigentes do BCE, afirmando que estão cada vez mais confiantes de que a inflação na zona do euro vai baixar para a meta de 2% ao longo do ano, renovando expectativas de corte de juros em junho. Bolsas abrem hoje em tom positivo com balanços positivos no Reino Unido e na Alemanha e revisão para baixo da inflação esperada pela União Europeia neste ano para 2,5%.

*Brasil*
Com tom apaziguador da ata do Copom, o Ibovespa encerrou o pregão de ontem em alta de 0,28%, mesmo com queda da Petrobras e Vale, que repercutiram balanço fraco da petroleira e queda no minério de ferro. Por outro lado, ações sensíveis a juros performaram bem e bancos também seguraram o índice, acompanhando o bom humor após ata e queda na curva de juros. A Hapvida foi destaque ontem, com resultado acima do esperado e o IRB, mesmo com balanço positivo caiu, repercutindo possíveis impactos da tragédia no RS, que por sinal, segue piorando com nível do lago Guaíba se aproximando de novo recorde a 5,2 metros e o governo deve anunciar novas medidas para ajudar o Estado. Para hoje, ganha destaque a demissão de Prates da presidência da Petrobras, que passou por vários embates com o ministro de Minas e Energia e da Casa Civil. O MME já indicou à Petrobras o nome de Magda Chambriard, que já foi engenheira da Petrobras, diretora da ANP e possui vasta experiência no setor, desta forma o nome não deve encontrar empecilhos na lei das estatais.

*Abertura*
Na abertura, o índice DXY opera em queda e os juros das Treasuries mantém perdas de ontem, já os futuros em Nova York beiram a estabilidade com mercado aguardando o CPI nos EUA. O Petróleo segue em queda após mínima de nove semanas atingida ontem e aguardando relatório mensal da AIE.

*O que esperar*
Mercados no exterior aguardam CPI americano, mas operam em leve alta. Por aqui, o destaque segue com a Petrobras, que deve pressionar o índice para baixo com as ADRs caindo cerca de 8% no pré-mercado em Nova York. O minério em queda também deve pressionar a Vale.Cadastre-se para receber nossos relatórios: https://interinvest.inter.co/


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