MGLU3 - Magazine Luiza
R$9,03
0,44% Hoje
30 de novembro, 00:00:49 UTC · BRL · BVMF
Recomendação
NeutraPreço atual
R$ 9,03Preço-alvo
R$ 3,80Upside
-57,9%Informações
Último fechamento
R$ 0,00Variação do dia
R$ 8,70 - R$ 9,22Porcentagem de Lucro
5,64%Destacamos para Magalu, o trabalho para o crescimento expressivo das vendas 3P, através da prospecção robusta de novos parceiros. Outro ponto estratégico é a aquisição da Kabum!. A Companhia especializada em tecnologia e games apresenta um potencial interessante de crescimento, dado que esse nicho cresce de forma contundente no Brasil. Ressaltamos também a entrada no varejo alimentar. Através das aquisições da VIP Commerce, Aiqfome, Tonolucro e Grandchef, o Magazine Luiza ganha penetração de produtos e recorrência de compras, fortalecendo seu ecossistema. Por fim, reforçamos as iniciativas de desenvolvimento do SuperApp. Através das aquisições das plataformas Steal the Look, Canaltech e Jovem Nerd, a Companhia ingressa no mercado de publicidade digital, reduz o custo de aquisição do cliente (CAC) e aumenta seu LTV (lifetime value). Já as adições da Hub Fintech e da Bit55 tem o objetivo de ampliar os serviços financeiros para os clientes e parceiros, além de se configurar em mais uma fonte alternativa de receita.
Com isso, o e-commerce do Magazine Luiza é um dos que mais cresce no Brasil. A oferta de amplo sortimento e os serviços diferenciados, incluindo a entrega rápida, tem sido ponto de destaque na operação da Companhia.
Outro interessante canal de receita vem das “lojas virtuais”. A ideia de operar com unidades menores e sem estoque físico (exceto celulares), com o mix de produtos sendo exibidos por recursos multimídia é um conceito interessante para cidades menores. Se torna uma forma de garantir presença em localidades onde não há demanda o suficiente para abrir uma loja convencional e habitadas por relevante parte da sociedade, que ainda tem insegurança nas compras online.
Porém, nos últimos doze meses as ações de Magalu acumulam queda de 78%. Acreditamos que o racional também está relacionado com o ceticismo do mercado sobre a capacidade da Companhia em manter seu share e rentabilidade em um ambiente altamente competitivo entre os players. Aliado a isso, enxergamos um cenário desafiador em 2022 com: (i) aumento da inflação; (ii) elevação da taxa de juros; (iii) desemprego elevado e (iv) ano eleitoral. Dessa forma, essa dinâmica de curto prazo não é favorável à confiança do consumidor. Nesse momento acreditamos que o foco das pessoas está no consumo não discricionário (alimentos) e no discricionário de alta renda.
Apesar disso, reconhecemos que o Magazine Luiza negocia muito abaixo de seu valor justo. A empresa, focada em construir um ecossistema completo em soluções, está na vanguarda de várias iniciativas entre os peers nacionais. Nossa recomendação neutra visa proteger o investidor até que a conjuntura atual dê sinais de inflexão. A falta de interesse para as empresas mais dependentes da venda de linha branca, eletrônicos e móveis impedem o trigger de valorização.
Análise completa
Rentabilidade segue evoluindo e anima, apesar do cenário macro
A Magazine Luiza divulgou resultado com sinais mistos. Se por um lado, o cenário macro continua restritivo, impactando as vendas em lojas físicas e no canal 1P, por outro, a sequência de ganhos na margem bruta e a melhora no capital de giro se mostraram bastante positivas. O prejuízo no bottom line já era esperado pelo mercado, mas a resiliência dos indicadores operacionais, junto à mensagem de recuperação no 3T23 devem trazer resposta favorável aos papéis da companhia no pregão de hoje. Por enquanto mantemos a nossa recomendação neutra, com preço- alvo de R$2,80/ação YE23, enquanto incorporamos os resultados do 1S23 e novas projeções em nosso modelo.
Tags
Breno de Paula
CNPI-P, CGA, Coordenador de Equity Research