HAPV3 - Hapvida
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11 de dezembro, 00:00:49 UTC · BRL · BVMF
Recomendação
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R$ 2,53 - R$ 2,80Porcentagem de Lucro
9,64%Tese de Investimentos
Nossa tese de investimentos para Hapvida se baseia principalmente em seu modelo de verticalização eficiente e na captura de sinergias da fusão com o GNDI e das aquisições dos últimos anos. Ademais, o mercado endereçável é muito grande. O Brasil atualmente conta com uma taxa de cobertura de planos privados de 26%, enquanto nos Estados Unidos esse número gira em torno de 67%. Com a inversão da pirâmide etária brasileira e a tendência de maior preocupação e gastos com saúde, esperamos um aumento relevante da penetração de planos privados no país.
Ressaltamos que grande parte da carteira de beneficiários da Hapvida utiliza os hospitais, clínicas e laboratórios da sua rede própria. Hoje, a rede própria da companhia combinada conta com 87 hospitais, 76 prontos atendimentos, 323 clínicas e 270 laboratórios espalhados por todo o país. Esse modelo verticalizado e eficiente possibilita o oferecimento de planos de saúde e odontológicos com tickets baixos, de forma que a companhia consiga oferecer planos de entrada para o segmento de baixa renda.
Isso faz com que a companhia tenha uma característica resiliente, se comportando de maneira cíclica e anticíclica, a depender da conjuntura macroeconômica. Em um cenário macro favorável, de crescimento do número de planos, a empresa se beneficia diretamente por oferecer planos de saúde com os menores tickets do mercado. Já em uma conjuntura desfavorável, apesar de naturalmente haver perda de vidas dentro dos contratos existentes, a companhia consegue se tornar uma alternativa de menor custo para o cliente.
Análise completa
Sinistralidade segue como principal vilã
A Hapvida apresentou resultados ruins no 4T22, com sinistralidade e rentabilidade abaixo de nossas expectativas. O resultado foi impactado principalmente por: (i) adições líquidas de 103 mil beneficiários de saúde (esperávamos +150 mil); (ii) sinistralidade caixa muito alta, mesmo com os efeitos historicamente positivos da sazonalidade do 4T; (iii) efeito não recorrente de +R$ 87 mm, proveniente de um ressarcimento de despesas pela aquisição da Premium Saúde; e (iv) despesas financeiras prejudicando o bottom-line, devido ao alto endividamento no atual contexto de juros, com DL/EBITDA LTM (considerando arrendamentos) de 4,0x em 2022.
Em nossa visão, o cenário de curto prazo deve seguir bastante desafiador, com desaceleração do crescimento marginal de beneficiários e sinistralidade ainda muito acima dos patamares históricos. Porém, a companhia está bem-posicionada para continuar sendo protagonista na tendência de consolidação do setor, e deve sofrer menos pressão das adquiridas ao longo do ano devido ao andamento dos processos de integração. Portanto, reiteramos nossa recomendação de compra para Hapvida (HAPV3) com preço-alvo de R$ 7,60/ação.
Breno de Paula
CNPI-P, CGA, Coordenador de Equity Research