EGIE3 - ENGIE Brasil

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14 de dezembro, 00:00:49 UTC · BRL · BVMF

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Tese de Investimentos

A ENGIE é a maior operadora privada do setor elétrico no país. Com aproximadamente 10 GW de capacidade instalada, a companhia representa aproximadamente 6% de toda essa capacidade do sistema. Com uma ampla plataforma de ativos, a companhia atua nos campos de geração, transmissão e comercialização de energia, além de ter entrado recentemente no segmento de transporte de gás natural.

Dada a sua elevada dependência de ativos hídricos, o fator que oferece maior risco para as operações da companhia ainda é o risco hidrológico. Apesar disso, a companhia tem realizado um processo de transição energética, tendo anunciado nos últimos dois anos a venda de seus dois últimos ativos termelétricos, além de um robusto pipeline de investimentos em ativos por fonte de energia sustentável. Entretanto, a companhia está exposta à uma série de outros riscos, como por exemplo: (i) riscos regulatório, podendo trazer possíveis sanções implicadas pelos órgãos reguladores; (ii) risco de mercado, no caso de comportamento imprevisto nos volumes e preços do mercado de oferta e demanda de energia; (iii) risco de implantação, em relação a instalação e manutenção de seus ativos, com potenciais atrasos ou outros obstáculos que podem implicar em penalidades; (iv) risco sistêmico, no caso da variação de fatores macroeconômicos que possam impactar as atividades da companhia.

Análise completa

Inter Research | Engie | Resultado 2T23.pdf

Balde de água fria

A Engie apresentou resultados abaixo das expectativas no 2T23. O EBITDA ajustado por efeitos não monetários de transmissão e pela adição dos custos reconhecidos na extensão de prazo de concessão foi de R$ 1,67 bi (-3% a/a). O período foi marcado pela redução no volume de energia vendida principalmente aos consumidores livres e na comercialização, além de um resultado operacional negativo. Recentemente, publicamos nossa revisão de preço para o segmento de geração e acreditamos que a Engie continua como uma excelente opção, por isso mantemos nossa recomendação de compra com novo preço-alvo de R$ 49 por ação, visando o final de 2024.

Desempenho operacional. A geração total do trimestre foi de 7.418 MWm (-28% a/a), sendo que as usinas de fontes hídricas geraram 5.832 MWm (-33% a/a) devido ao menor despacho das usinas do Sul do Brasil pelo ONS com a intenção de preservar recursos, levando em consideração o excesso nos níveis dos reservatórios no Sudeste e a geração eólica no Nordeste. As complementares produziram 1.581 GWh (-1,6% a/a). A energia vendida no trimestre foi de 9.289 GWh (-4% a/a) e o preço médio de venda de energia foi de R$ 219,80/MWh no 2T23, 1,5% superior ao do 2T22. O segmento de transporte de gás teve redução de 7,8% a/a no volume médio de gás movimentado. Por fim, a transmissão também apresentou boa performance, com RAP de R$ 184 mm no trimestre versus R$ 93 mm no 2T22, devido a energização de Gralha Azul e Novo Estado.

Resultado consolidado. O EBITDA entregue no 2T23 foi de 1.907 mm (+11% a/a), porém adicionando novamente os custos reconhecidos na extensão de prazo de concessão, o EBITDA foi de R$ 1,67 bi (-3% a/a). O EBITDA de Geração foi de R$ 1.539 mm (+4,6% a/a). Já o resultado de equivalência patrimonial da TAG foi R$ 208 mm, uma elevação de 30% contra o 2T22. A transmissão teve aumento de EBITDA regulatório de 74% a/a para R$ 160 mm com a entrada em operação de novos projetos. 

Dívida e investimentos. A dívida líquida no trimestre foi de R$ 13,9 bi, redução de 9 em relação ao 1T23 devido a maior disponibilidade de caixa e equivalentes. A alavancagem medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA foi de 2x contra 2,2x no primeiro trimestre do ano. Os investimentos somaram R$ 679 mm com destaque para a construção dos Conjuntos Eólicos Santo Agostinho e Serra do Assuruá.

Dividendos. Foi aprovado a distribuição de dividendos no valor de R$ 767,2 milhões (R$ 0,94/ação). A data ex é dia 22 de agosto de 2023.

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Rafael Winalda

CNPI, Analista de Equity Research

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