CRFB3 - Carrefour
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O Grupo Carrefour é, de longe, o maior player multiformato do mercado brasileiro. Sua ampla presença nacional, com 779 lojas em diversos formatos garante liderança no faturamento em diversas regiões.
No varejo alimentar, possuir escala e reconhecimento de marca confere benefícios como poder de barganha, redução de custos e capilaridade de fornecedores. Ademais, o fato de ser uma Companhia listada também permite o acesso à fontes de financiamento mais baratas em relação aos concorrentes menores.
Levando-se em conta que o segmento ainda é fragmentado, existe baixa penetração de varejistas de alimentos por habitante e grande oportunidade de expansão, sobretudo nas cidades do interior. Acreditamos que o Carrefour pode utilizar de sua forte estrutura financeira para expansão, adquirindo players (ou até mesmo de forma orgânica) em cidades menores, sobretudo as com bom índice de PIB per capita.
Pelo lado do varejo, destacamos que o fechamento da bandeira concorrente Extra torna-se um componente interessante para o Carrefour. Desde então, o Grupo conta com a maior estrutura de hipermercados no Brasil. Esse fato deve ser levado em conta, já que o formato de hiper é considerado o melhor para lançamento de novos produtos. Por estar “no meio do caminho” entre ser um supermercado e um atacarejo, a área de vendas e público consumidor é mais aderente a novas campanhas.
No que tange o atacarejo, segmento mais valorizado atualmente, o Carrefour também tem uma representação gigante. Através do Atacadão e das aquisições do Makro e Grupo BIG, a Companhia espera alavancar sinergias operacionais e atrair um fluxo maior de clientes para o Banco Carrefour.
Em nossa tese de investimentos avaliamos que o Grupo Carrefour tem importantes avenidas de receita para explorar. Desde o digital ao físico, passando pelos formatos de super, hiper e atacarejo. Sua escala é consideravelmente maior que os concorrentes, o que lhe confere uma força significativa.
Por outro lado, o Carrefour nesse momento não tem margem de segurança frente ao nosso preço-alvo. Em nossa visão esse aspecto é suficiente para alterar a recomendação. Todos os pontos descritos anteriormente já estão precificados pelo mercado.
Entre os riscos da tese, uma eventual piora nos dados macroeconômicos, para além do projetado, pode dificultar a capacidade de repasse de preços, afetando a rentabilidade da Companhia. Além disso, a Companhia pode não conseguir realizar o seu guidance de sinergias na integração das adquiridas, o que pode comprometer a eficiência operacional do Grupo.
Análise completa
Desinflação alimentar pressiona vendas, mas rentabilidade é positiva
Conforme esperávamos, o Carrefour apresentou uma performance negativa no SSS (-3% a/a), impactado pela desinflação alimentar. Em ambiente deflacionário, o cliente B2B (parcela significativa de fonte de receita) posterga a reposição do estoque (pois sabe que poderá comprar mais barato depois), impactando o top line.
Veja o relatório completo
Breno de Paula
CNPI-P, CGA, Coordenador de Equity Research