Renda Fixa


Títulos Privados: Parte 1 - O que são CDBs?

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Rafael Winalda

Publicado 11/set

Resumo

/ O que são CDBs? Qual a finalidade deles? Neste relatório, apresentamos de forma bem sucinta uma elucidação para tais questões.

/ Mas quais são os riscos? Existe risco de mercado? E de crédito?

/ Além disso, também ressaltamos que a rentabilidade destes títulos acaba sendo bastante interessante, tanto para sua reserva de emergência, quanto para uma alocação mais voltada para o longo prazo.

Em nossa primeira série quanto a títulos privados, começamos a falar dos tão badalados Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Em sua essência, são títulos de renda fixa, emitidos por instituições financeiras, com o objetivo de captar recursos para financiar suas atividades. Em outras palavras, as instituições utilizam o recurso captado para investir em seus próprios negócios, pagando juros aos investidores. Os títulos podem apresentar liquidez diária (permitem saque a qualquer momento) ou resgate só no vencimento.

Quem pode emitir os CDBs?

1) Bancos comerciais,

2) Bancos de investimentos,

3) Bancos de desenvolvimentos,

4) Sociedades de crédito (financeiras).

Em nosso relatório: O que são títulos públicos? Falamos sobre os tipos de remuneração, que pode ser pré ou pós-fixada, bem como o risco de oscilação de juros, que afetam principalmente os títulos pré-fixados. Já para os CDBs, comumente o investidor pessoa física encontrará os pós fixados, como 100%, 110% 120% do CDI. CDI é uma taxa que deriva dos empréstimos entre os bancos, fortemente relacionada e próxima à taxa Selic, que é o juro básico da economia, definido pelo Banco Central. Além disto, os CDBs também podem ser encontrados com taxas como IPCA+ e pré (10%, 12%, 15%... a.a.).

Mas qual é de fato o risco?

Além do risco de oscilação de juros, os títulos privados possuem risco de crédito. Imagine que uma empresa ao emitir dívida passa por dificuldades financeiras, não conseguindo honrar seus compromissos. O risco de não pagar o que foi acordado na data acordada, seja juros ou o valor investido, é chamado de risco de crédito.

Como as empresas são diferentes, possuem atuações diferentes, pessoas diferentes, rentabilidades diferentes, o risco de crédito é diferente para cada uma delas. As que possuem uma maior capacidade de pagamento, geralmente, possuem um spread de crédito menor, ou seja, pagam menos juros. Já as empresas que não possuem uma rentabilidade tão boa, como o risco de crédito é maior, possuem spreads mais elevados, pagando então juros mais altos. Dentro desta dinâmica, o investidor precisa atentar que ao escolher taxas mais elevadas, incorre também maior risco.

Contudo, pensando em mitigar este tipo de risco, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) foi criado. Os CDBs, como outros investimentos em instituições financeiras, estão garantidos até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por cada conglomerado financeiro, sendo limitado até R$ 1 milhão a cada 4 anos. Assim, o investidor tem que ficar atento ao montante que possui exposição ao ativos cobertos pelo FGC e se as instituições fazem parte, ou não, do mesmo conglomerado financeiro.

Vale a pena o investimento?

Entendemos que os CDBs podem ser investimentos muito rentáveis, em duas estratégias diferentes. Uma delas é a remuneração da sua reserva de emergência, visto que na reserva características como liquidez e baixo risco são primordiais. Assim, CDBs de grandes instituições que apresentam liquidez diária e baixo risco são interessantes. Muitos deles tem remuneração de 100%, 101%, 102%... do CDI.

Já a outra estratégia seria a de um retorno maior, onde hoje já se encontram taxas como 120%, 130% do CDI ou até mais elevada. Contudo, vale sempre destacar: quanto maior o retorno, maior o risco.

Alguns CDBs disponíveis na plataforma do Inter:


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