O ouro recentemente atingiu sua máxima histórica, chegando a mais de US$ 3 mil a onça (aproximadamente 31,1 gramas). Muitos investidores têm nos perguntado se vale a pena investir nesse ativo atualmente, especialmente em momentos de incerteza, quando sua demanda é alta.

Pensando nisso, elaboramos a News desta semana para investigar o tema: vale a pena investir? Analisamos algumas características do ouro, sua performance em relação à inflação e outros índices de renda variável e fixa. Por fim, o autor que vos escreve terá duas merecidas semaninhas de férias, durante as quais faremos uma pausa em nosso conteúdo. Não fiquem com muita saudade.

Boa leitura!

Ao longo da história, o ouro sempre foi um ativo bastante demandado, ocupando espaço na carteira de diversos investidores. Entendemos que ele reúne cinco principais características que o tornam valioso:

1) Escassez: O ouro é um recurso finito, o que possibilita sua valorização real ao longo do tempo. Atualmente, sua utilidade é ampla, com aplicações na indústria eletrônica, odontologia, medicina, joalheria, entre outras.

2) Durabilidade: O ouro físico pode durar gerações, não tendo um “prazo de validade” definido, uma vez que é um material nobre e muito resistente.

3) Aceitação universal: O ouro é amplamente reconhecido e aceito como forma de moeda e riqueza em diversas culturas e economias ao redor do mundo.

4) Valor intrínseco: Ao contrário das moedas que podem ser desvalorizadas por políticas monetárias, o ouro possui um valor intrínseco e uma longa história como ativo precioso.

5) Proteção contra a inflação: Historicamente, o ouro é um ativo que protege contra a inflação, tornando-se também interessante do ponto de vista dos investimentos.

Mas será que o ouro de fato protege contra a inflação? Embora você possa ter escutado tal afirmação de algumas pessoas, nos gráficos abaixo, demonstramos o retorno acumulado do ouro em reais em comparação com o IPCA e o CPI, os índices de inflação do Brasil e dos EUA.

Entendemos que o ouro é um ativo que protege contra a inflação, visto que é muito demandado em tempos de incerteza, quando os investidores buscam proteger seu capital. Mas, além disso, o ouro é um bom investimento historicamente?

Em minha humilde opinião, esses ativos são melhor avaliados em dólar, visto que o ouro é internacionalmente negociado. No entanto, considerando que nosso custo de oportunidade é em real, representado pelo CDI, apresentamos os estudos em ambas as moedas.

Dito isso, nos gráficos abaixo, comparamos o retorno do ouro ao S&P 500, IMA-B, CDI e Ibovespa. É perceptível que o ouro passa por fases de maior demanda, especialmente em momentos de crises econômicas, quando os investidores buscam proteger seu capital. capital.

Mas o atual momento é um bom momento para se investir no ouro? Já entendemos que ele supera a inflação em janelas longas e que tende a ter boa performance também, sendo interessante que o investidor o considere. Entretanto, o ouro renovou máxima histórica em dólar, sendo o maior patamar já observador em toda a historia.

Para carteiras moderadas e arrojadas, acreditamos que há espaço de 5% na alocação de ativos alternativos, onde o ouro pode ser considerado uma oportunidade. Assim, mesmo que esteja em sua máxima histórica, como observamos, o ouro tende a apresentar uma boa performance ao longo do tempo, podendo ser um ativo interessante para compor a carteira.

A dica cultural desta semana vai para o livro A Bola de Neve, de Alice Schroeder, é uma biografia envolvente de Warren Buffett, que revela sua trajetória de vida e princípios de investimento. A obra ilustra como Buffett construiu sua fortuna com paciência e disciplina, usando a metáfora da bola de neve para descrever o crescimento dos investimentos ao longo do tempo. Com histórias pessoais e insights valiosos, a obra é uma leitura inspiradora para investidores e entusiastas dos negócios.