Destaques semanais dos Fundos Imobiliários (17 a 21 de março)

Semana de resultados nos FIIs:
Logística:
BTAL11: O fundo investe em infraestrutura e armazenagem ligados ao agronegócio brasileiro, buscando reduzir o déficit logístico em regiões estratégicas. Em fevereiro, manteve 100% de adimplência e encerrou o mês com mais de R$ 20 milhões em caixa. Distribuiu R$ 0,84/cota, e mantém reserva acumulada de ~R$ 0,70/cota para eventuais ajustes ou despesas futuras. O dividend yieldanualizado está em ~14%. Possui 11 ativos (9 imóveis e 2 CRIs com garantia real) e capacidade estática de 450 mil toneladas.
RBRL11: O fundo divulgou fato relevante informando a formalização de distrato com antigo locatário (Belmicro), porém houve um rearranjo que permitiu à Vulcabras assumir também os módulos 1 e 2 de um galpão em Extrema (MG), mantendo, assim, a ocupação e sem afetar o fluxo financeiro do fundo. A estratégia geral do fundo é investir em ativos logísticos bem localizados, gerando renda estável e gerida de forma ativa pela RBR.
GGRC11: O fundo anunciou, via fato relevante, a assinatura de carta de intenções para adquirir a totalidade dos ativos do portfólio do RELG11 por R$ 133,46 milhões. Esse pagamento será efetuado por meio de subscrição das novas cotas do GGRC11, em futura oferta. Com isso, o fundo expande a presença em galpões localizados em Cotia (SP), Extrema (MG), Queimados (RJ) e Contagem (MG). O plano deve reforçar sua posição como um dos principais fundos de logística, desde que cumpridas as condições precedentes.
HGLG11: O fundo é focado em ativos logísticos e industriais. Publicou fato relevante sobre um rebalanceamento de índice internacional, no qual faz parte da carteira. Tal ajuste deve acontecer em 21 de março de 2025 e não implica, por si, qualquer mudança relevante na gestão, mas pode gerar variações de negociação no mercado. A estratégia permanece na aquisição e administração de galpões logísticos de alto padrão, com contratos de locação de longo prazo e inquilinos de qualidade.
Papel:
CVBI11: O fundo investe em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e tem como diretriz alocações diversificadas em vários emissores e garantias. O portfólio é majoritariamente indexado à inflação, buscando spreads na faixa de IPCA + 3% a 4% e recebimentos mensais. Em janeiro, o fundo apresentou distribuição em torno de R$ 1,05/cota, mantendo um dividend yieldmensal superior a 1%. O fundo também segue monitorando possíveis operações de compra e venda de CRI para maximizar retorno ajustado ao risco.
CYCR11: O fundo investe em ativos de crédito imobiliário (CRIs, LCI, LH e cotas de FIIs). Em fevereiro, o fundo distribuiu R$0,10/cota, oque representa 15,09% ao ano sobre a cota de mercado. Mantém 85% do PL alocado em CRIs, com taxas na faixa de IPCA+10,17% e CDI+4,14% a.a. O portfólio tem 28 CRIs adimplentes, e a gestão realizou novas integralizações em CRIs de obras residências na Vila Mariana e fez amortizações extraordinárias previstas em alguns CRIs. Expectativa de aumento nos rendimentos nos próximos meses, com a alocação média subindo, e taxa de administração reduzida pra 0,95%a.a
XPCI11: O fundo visa auferir ganhos ao investir em CRI, debêntures, LCI, LH e cotas de FIIs. Em janeiro, distribuiu R$ 0,83/cota, yieldmensal de 1,16% (14,90% ao ano). A carteira é composta por CRIs de boa qualidade, visando gerar spread adicional e possibilidade de ganho de capital no mercado secundário. Possui ainda reserva de correção monetária acumulada, aumentando a previsibilidade de distribuição.
VGIR11: O fundo tem 99,1% do PL alocado em CRIs, com 57 operações diferentes, focado em CDI + spread. Em fevereiro, distribuiu R$ 0,11/cota (CDI + ~2% ao ano sobre a cota patrimonial). Nos últimos 12 meses, a distribuição acumulada foi de R$ 1,27/cota, correspondente a CDI + 2,0%. O portfólio segue adimplente, e a gestão monitora intensamente cada operação para manter a qualidade de crédito.
Fundos de Fundos:
XPSF11: O fundo tem como foco investir majoritariamente em cotas de outros FIIs, podendo também alocar recursos em LCIs, CRIs e outros títulos do setor imobiliário. O fundo distribuiu R$ 0,06 por cota em fevereiro (yieldanualizado de ~15,57% sobre a cota de mercado com gross-upde 15% de IR). O valor patrimonial por cota estava em cerca de R$ 7,08, e o fundo negocia a ~81% do seu valor patrimonial (P/VP de 0,81). A gestão monitora o mercado para arbitrar oportunidades de ganho de capital.
HFOF11: O fundo busca valorização de suas cotas no longo prazo ao investir principalmente em cotas de outros FIIs. O fundo distribuiu R$ 0,56 por cota em fevereiro. A gestão prioriza uma política de linearização dos rendimentos, apoiada no resultado recorrente (FFO) e em eventuais ganhos de capital com a negociação de posições. O portfólio é composto sobretudo por fundos de CRI, e o volume movimentado nos últimos 12 meses alcançou 76,4% do PL médio. Ao longo de cerca de 7 anos, o fundo já distribuiu R$ 55,87/cota, evidenciando seu histórico de geração de renda.

