AESB3 - AES Brasil
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A AES Brasil é uma das maiores empresas de geração de energia do país e conta atualmente com 4,2 GW de capacidade instalada, além de 1,0 GW em construção, com um portfólio 100% de energia renovável, sendo 59% de capacidade em fonte hídrica. Considerando o pipeline da companhia, esperamos que a participação da geração hídrica reduza para 44%, tendo em vista os novos investimentos em ativos eólicos e solares, como forma de mitigar o seu risco hidrológico.
A AES Brasil tem obtido êxito em seu objetivo de diversificar o seu portfólio, mantendo a sua base de ativos por meio de recursos 100% renováveis, estratégia adotada pela companhia após os impactos do risco hidrológico, ao longo da crise originada pelo La Niña. Riscos adicionais para a companhia se concentram em fatores da conjuntura econômica, como os seus contratos ajustados pela inflação e a sua exposição à taxa de juros, dada a sua alavancagem superior a de seus peers.
Análise completa
Resultados positivos no 2T
A AES Brasil apresentou um resultado positivo no 2T23, com aumento da Margem Líquida e EBITDA em decorrência do início faseado da operação comercial de Tucano, incorporação dos complexos eólicos no fim de 2022 e elevação do preço médio de venda e redução do preço médio de compra no portfólio hídrico. Assim, mantemos nossa recomendação de compra para AES Brasil (AESB3), com preço alvo em 17/ação, visando o final de 2023.
Geração de energia. A geração consolidada do 2T23 foi de 3,91 mil GWh, crescimento de 62% a/a, muito em decorrência da melhora quadro hídrico. O volume total desta foi correspondente a 2,75 mil GWh, expansão de 53% a/a, em reflexo da maior afluência dos rios e recuperação dos reservatórios para níveis acima da média dos últimos 10 anos. A segunda maior fonte contribuidora é a eólica, com geração de 1019 GWh no trimestre, expansão de 116% a/a. Tal variação é explicada para maior geração em Alto Sertão II, Ventus, Mandacaru e Salinas, bem como a incorporação de Ventos do Araripe, Caetés e Cassino ao portfolio ao longo de 2022 e a entrada em operação faseada de Tucano e a operação em testes de Cajuína a partir do 2T23. Por fim, a energia solar correspondeu a uma geração de 140 GWh, avanço de 1,2% a/a.
Resultado consolidado. O EBITDA no 2T23 foi de R$ 348 mm, crescimento de 45% a/a, em decorrência, principalmente, do aumento de R$ 88 mm no EBITDA de geração eólica. A margem EBITDA teve aumento de 7 p.p. para 45%. Os custos operacionais e despesas gerais e administrativas somaram R$ 167,9 milhões no 2T23, aumento de 26,2% em relação ao 2T22, principalmente devido aos novos ativos incorporados. O resultado financeiro teve piora (+34% a/a), com maiores encargos da dívida. O lucro líquido foi de R$ 36 mm, avanço de 286% a/a.
Endividamento e investimentos. A dívida bruta da empresa somou R$ 11,8 bi no trimestre, alta de 48% a/a. Já a dívida líquida foi de R$ 7,9 bi (+72% a/a), com o indicador de alavancagem Dívida líquida/EBITDA da AES Brasil em 5,7x, número bastante elevado em razão do rápido crescimento da empresa e captação para realização dos seus projetos em construção. Já em relação aos investimentos, estes somaram R$ 791 mm no 2T23, crescimento de 44% a/a, com predominância do complexo Cajuína.


Rafael Winalda
CNPI, Analista de Equity Research